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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

JOGOS DE ORIENTAÇÃO ESPACIAL

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Fonte:https://www.facebook.com/media/set/?set=a.319833218137327.76612.239108836209766&type=1

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As flores são virtuais, mas o sentimento é real.


Este post, será em agradecimento principalmente aos que seguem o blog, e á todos que visitam somente.
Não tenho palavras para expressar a alegria que sinto em cada comentário, repleto de carinho e incentivo.  Obrigada á todos que estão gostando das informações que aqui venho compartilhar, espero cada vez mais, contribuir para nosso crescimento profissional e pessoal. Deixo este espaço aberto para sugestões. As críticas também são bem vindas, acredito que faz parte para o meu amadurecimento. 
Tem uma frase que gosto muito, inclusive ela está no blog, e diz assim:
 "Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos"..... Este blog não seria assim, se não fosse todos vocês. 

Obrigada sempre.


Com carinho,

Taismara

CÓDIGO DE ÉTICA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - ABPp

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Reformulado pelo Conselho Nacional e Nato do biênio 95/96

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
Artigo 1º

A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia.
Parágrafo único
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprios.
Artigo 3º
O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter preventivo e/ou remediativo.
Artigo 4
Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministradoem estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e aconselhável trabalho de formação pessoal.
Artigo 5
O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia.

CAPÍTULO II
DAS RENPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS

Artigo 6º

São deveres fundamentais dos psicopedagogos:
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem o fenômeno da aprendizagem humana;
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação às diferentes visões do mundo;
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica;
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe sempre que possível;
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição clara do seu diagnóstico;
G) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes;
I) Manter atitude de colaboração e solariedade com colegas sem ser conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para a harmonia da classe e manutenção do conceito público.
CAPÍTULO III
DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES
Artigo 7º
O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o seguinte:
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas;
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento;

CAPÍTULO IV
DO SIGILIO


Artigo 8º
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.
Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilio, informar sobre cliente a especialistas comprometidos com o atendimento.
Artigo 9º
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade competente.
Artigo 10º
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal
.
Artigo 11º
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não será franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso.

CAPÍTULO V
DAS PUBLICAÇÕES CIENTIFICAS
Artigo 12º
Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes normas:
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor;
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuir para a realização do trabalho;
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação;
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor.

CAPÍTULO VI
DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL

Artigo 13º
O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá faze-lo com exatidão e honestidade.
Artigo 14º
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos mesmos.

CAPÍTULO VII
DOS HONORÁRIOS
Artigo 15º
Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem justa retribuição ao serviços prestados e devem ser contratados previamente.

CAPÍTULO VIII
DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO
Artigo 16º
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes sobre a organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde Pública relativo às questões psicopedagógicas.

CAPÍTULO IX
DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA
Artigo 17º
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código.
Artigo 18º
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos princípios éticos da classe.
Artigo 19º
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e aprovado em Assembléia Geral.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 20º
O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente solução.

Fonte;http://www.abpp.com.br/leis_regulamentacao_etica.htm

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

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Os meus sentimentos á todas as famílias que perderam seus entes queridos.


Hoje assistindo ao Jornal Nacional, foi divulgado o número de vítimas internadas, que ainda continuam lutando pela vida. Que Deus possa confortar os corações dessas famílias e renovar as forças a cada dia.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

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Curso de Dislexia de Leitura será nos dias 21, 22 e 23 de março de 2013.

Só para lembrar que as inscrições realizadas até o dia 31/01 terá desconto.

Fonte:
http://www.dislexiadeleitura.com.br/hotsite/novo/evento.php#investimento

domingo, 27 de janeiro de 2013

Educar- Rubem Alves

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Acho esse vídeo simplesmente belo!

Escola de pintura

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Queridos (as) leitores (as),
Hoje vou colocar uma pequena parte do 1 capítulo de um livro que eu li e recomendo. Este livro me foi apresentado por uma das professoras do meu curso de psicopedagogia ainda no começo, e posso lhes garantir que apesar do título é uma leitura reflexiva e ao mesmo tempo interessante. A forma como cada um vê as coisas ao seu redor, e isso incluem nós enquanto educadores. ´
Antes de colocar o texto, colocarei uma figura, e peço que olhem atentamente, de diversas formas e imagine o que pode ser para você....


A escola de pintura.
Outro dia um amigo me perguntou o que eu acho que é a vida.
Resposta difícil, não é? Vou contar como respondi.
Imagine uma escola de pintura. Ao entrar, você recebe uma tela em branco e encontra vários alunos pintando. Muitos estão trabalhando há anos, e os quadros são de todos os tipos, desde obras maravilhosas
até telas completamente destruídas. As tintas, pincéis e materiais de pintura estão espalhados por toda a sala, alguns bem acessíveis, outros em locais bem difíceis.
Apesar de ser uma escola, não há professores. É tudo por sua conta.
O que você faria nessa situação? Pegaria qualquer pincel e simplesmente espalharia tintas em sua tela? Observaria os que estão trabalhando e tentaria imitar alguém talentoso? Juntaria sua tela às de outras pessoas e pintaria um grande painel em equipe? Tentaria criar uma obra original e aprender com seus próprios erros? Utilizaria apenas os materiais mais acessíveis ou batalharia para conseguir também os mais difíceis?
Volto a perguntar, o que você faria?
Na minha opinião, a vida é como esta escola de pintura. As pinceladas são as nossas ações.
Às vezes, damos pinceladas de mestre. Usamos o tipo certo de pincel, a mistura correta das cores e movimentos precisos. São as nossas boas ações. Aquelas que nos fazem dormir tranqüilos e com um
sorriso no rosto.
Outras vezes, borramos todo o nosso quadro e pensamos: “Argh! Estraguei tudo. Não tem mais jeito”. Desejamos até jogar a tela fora e parar com tudo. Vamos dormir arrasados e querendo morrer.
É nesta hora que precisamos lembrar da escola de pintura. Não se desespere. Por mais borrado que seu quadro esteja, você sempre pode pegar um pincel limpo, as tintas certas e pintar por cima.
Se você disse algo ruim para alguém, peça perdão. Se fez algo que não deveria, volte lá e conserte. Se deixou passar uma oportunidade de elogiar; procure a pessoa ou pegue o telefone e faça o elogio. Se
teve vontade de acariciar alguém e não o fez, faça-o na próxima vez que encontrá-lo(a) e diga-lhe apenas que está acertando seu quadro; tenho certeza de que você será compreendido.
A única coisa que você não deve fazer é deixar os borrões aparecendo.
Não interessa quão antigos eles sejam. Se estiverem lá; corrija-os.
É corrigindo que aprendemos a não cometê-los e nos tornamos artistas cada vez melhores.
Fazendo assim, não importa se teremos mais duzentos anos ou apenas mais um dia para nossa pintura. Quando formos chamados para expô-la, ela estará perfeita. Talento, tenho certeza, todos nós temos.
Ah, quanto a figura, ela será aquilo que você quer ver, ou se permiti ver.  

Para quem tiver interesse, este livro é diferente do que diz o título, não se trata de receitas de poções mágicas, rituais e coisas do tipo.
Ele conta a história de um médico que em um certo momento conhece uma paciente com pneumonia que lhe diz ter um trabalho. Este trabalho ao qual ela se refere, mudará completamente a vida deste homem.
É uma incrível aventura que nos mostra como as coisas mais corriqueiras podem ter vários significados se vistas sob outro prisma.
Livro: O Livro da bruxa- autor: Roberto lopes
Fonte: http://www.luciana-vieira.com/2010/10/o-livro-da-bruxa-1-parte.html




sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Síndrome de Asperger – Guia para Pais e Professores

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Principais características clínicas da SA:
·         Ausência de empatia, não por incapacidade mas por dificuldade em expressar sentimentos;
·         Interacção ingénua, inadequada e unilateral;
·      Capacidade reduzida (ou mesmo ausente) para estabelecer amizades; ou esta é processada de forma particular (mais no sentido de quererem agradar);
·         Discurso muito formal e repetitivo (muitas das vezes fora do contexto);
·         Comunicação não verbal pobre;
·         Interesse consistente por determinado assunto;
·         Fraca coordenação motora e posturas corporais estranhas ou desajeitadas.
O Diagnóstico da SA:
Fase 1 - Detectar os sinais: utilização de uma escala de avaliação para pais,
professores e profissionais de saúde
Fase 2 – Avaliação de diagnóstico: revisão de aspectos específicos relacionados com as competências sociais, linguísticas, cognitivas e motoras, bem como de aspectos qualitativos dos interesses das crianças; bateria de testes; entrevista com os pais para recolha do historial do desenvolvimento da criança e do seu comportamento em situações específicas; relatórios dos professores, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais.
Perfil característico das competências linguísticas:
·         O padrão inclui frequentemente um atraso ligeiro no início da fala;
·         Quando começam a falar exasperam os pais com constantes perguntas e monólogos;
·         Erros de pragmática (forma como a linguagem é utilizada); Linguagem superficialmente expressiva e perfeita;
·         O vocabulário tende a ser fluente e avançado, a escolha de palavras invulgar e o discurso algo “pomposo” ou formal;
·         Alterações de prosódia e características vocais peculiares: o tom de voz
revela-se particular e pronunciam as palavras de forma extremamente precisa, articulando cada um dos sons;
·         Utilização idiossincrática do vocabulário (capacidade de fornecer uma
perspectiva inovadora da linguagem);
·         Podem utilizar incorrectamente os pronomes pessoais ou, por exemplo, usar o nome próprio em vez de eu ou tu; Alterações na compreensão, incluindo interpretações literais;
·         Verbalização de pensamentos (o constante pensar em voz alta).
Critérios de diagnóstico relevantes para o comportamento social:
Dimensão Indicadores
1. Alteração do comportamento social
a) Dificuldade de interacção com os pares
b) Falta de vontade em interagir com os pares
c) Percepção alterada dos sinais sociais
d) Comportamento social e emocional inadequado
2. Alterações da comunicação não verbal e comportamento social (mínimo 1 indicador)
a) Uso limitado de gestos
b) Linguagem corporal desajeitada
c) Expressões faciais pouco variadas
d) Expressões faciais inadequadas
e) Olhar fixo  
Programas de aquisição de Competências Sociais (sugestão aos pais):
=» Como começar, manter e terminar uma brincadeira
É importante ter consciência de que por vezes a criança tem que aprender a
perguntar: “posso brincar?”; “queres brincar comigo?”; “podem ajudar-me?”; “agora brinco sozinho”... caso contrário poderão surgir comentários tipo: “ninguém brinca comigo, não gosto de vocês...”, o que só irá fomentar a falta ou perda de amigos.
=» Flexibilidade, cooperação e partilha
As crianças com SA gostam de ter controlo sobre as actividades. Neste sentido, é importante ajudá-la a tolerar sugestões alternativas ou a inclusão de outras crianças, explicando-lhe que o que faz não está errado mas que se for partilhado ficará muito melhor (porque pensado em conjunto).
=» Quando a criança deseja brincar sozinha
É provável que seja necessário ensinar-lhe quais os comentários e as atitudes
socialmente adequadas para o demonstrar. Muitas das vezes estas crianças
apercebem-se que ao agirem com alguma rispidez ou agressividade garantem o afastamento dos outros. Ao aprenderem outras formas de o fazer, não só deixarão de ser intituladas de agressivas, como passarão a ser respeitadas na sua vontade.
=» Explicar o que deveria ter sido feito
As dificuldades dos comportamentos relacionais devem-se ao facto de estas crianças não perceberem os efeitos que tais comportamentos têm nos sentimentos dos outros. Para que não sejam sentidas como maliciosas, deverá ser explicado como deverão agir e pedir-lhes que pensem no que iriam sentir se lhes fizessem o mesmo.
=» Convidar amigos para ir a casa
Planeie com ela actividades ou até mesmo passeios para fazer com um amigo(a) de forma a que a visita seja estruturada e bem sucedida. É importante a presença de um adulto para precaver ou atenuar possíveis efeitos negativos relacionados com as dificuldades ao nível das competências sociais da criança. Um momento bem passado poderá ser um forte incentivo para que novas situações se proporcionem.
=» Inscrever a criança em actividades
Ao inscrevê-la por exemplo nos escuteiros, grupo de música ou teatro, estará a
alargar as suas experiências sociais. Estes tipos de actividades têm a vantagem de serem, normalmente supervisionadas e estruturadas. Deverá no entanto informar o adulto responsável das características da criança e quais as estratégias de integração mais eficazes.
Programas de aquisição de Competências Sociais (sugestão aos professores):
=» Referir outras crianças para demonstrar comportamentos a observar
A criança pode ser insubordinada ou intrometida porque desconhece outros padrões de conduta na sala de aula. Quando tal acontece, experimente dizer-lhe que observe primeiro e realize depois, partindo do princípio de que os outros estão a agir correctamente.
=» Encorajar jogos e actividades cooperativas
Provavelmente a criança com SA necessita de orientação quanto à sua vez de falar, a permitir que todos tenham oportunidades iguais e a aceitar as sugestões dos colegas.
Em jogos competitivos poderá desejar ser a primeira, o que não tem a ver com
superioridade mas com a vontade de saber qual o seu lugar no grupo e com o facto de se sentir satisfeita.
=» Modelar o relacionamento com a criança
Os colegas de turma por vezes sentem-se inseguros perante o comportamento social da criança com SA, procurando naturalmente nos professores o arquétipo do comportamento a adoptar. Neste sentido, é importante modelar e encorajar comportamentos tolerantes, recorrer a actividades de desenvolvimento de competências sociais e reforçar positivamente a cooperação entre todos.
=» Ensinar a criança a pedir ajuda. É importante ensiná-la a pedir ajuda a outras crianças, para que o adulto não seja a única figura a ser vista como fonte de conhecimento e segurança.
=» Encorajar as amizades
De início, pode ser útil identificar e encorajar a interacção com um número restrito de colegas que se mostrem dispostos a ajudar e a brincar com ela. Não interessa se é rapaz ou rapariga, interessa que sejam potenciais amigos para que a envolvam nas actividades, dentro e fora da sala de aula. Elas poderão vir a ajudá-la a lidar com situações de recriminação, a integrá-la nos jogos de grupo, a agir em sua defesa na sala de aula e a ajudá-la a compreender como tem de proceder quando a professora não está presente ou disponível. É de facto surpreendente o apoio e a tolerância de que certas crianças são capazes.
=» Garantir a vigilância no recreio durante os intervalos
Para a maior parte das crianças, os melhores momentos do dia na escola é o recreio.
No entanto, a falta de vigilância e a intensa interacção podem ser negativas para a criança com SA, tendo em conta a sua vulnerabilidade. Os responsáveis pela supervisão destes momentos devem ser informados das características da criança de forma a evitarem possíveis conflitos e a promoverem o envolvimento ou mesmo a sua necessidade de estar só.
=» Controlar possíveis efeitos adversos da tensão relacional
A criança pode estar consciente da necessidade de seguir os códigos de conduta da sala de aula, de evitar chamar a atenção sobre si mesma e de se comportar como as outras crianças. Neste sentido, a pressão a que se sente sujeita para estar “enquadrada” pode conduzir a uma enorme tensão emocional, que quando levada ao limite se liberta normalmente quando a criança chega a casa, impedindo a harmonia da estrutura familiar. Sugere-se que os professores permitam à criança actividades de descontracção antes de regressar a casa (dando-lhes por ex. Jogos com áreas de interesse) de forma a atenuar a tensão emocional resultante da observação de regras de comportamento individual e social.
=» Manter os apoios educativos
Muitas das competências de que carecem as crianças com SA não são ensinadas como componentes específicos do currículo escolar, sendo essencial que mantenha os apoios educativos, a fim de lhe proporcionar um ensino individual ou em pequenos grupos e melhorar o seu comportamento social. Neste apoio o número de horas deve ser estabelecido caso a caso, tendo sempre em conta as necessidades específicas de cada criança.
» Criar grupos de treino de competências sociais
Estes grupos permitem aprender e praticar uma variedade de competências,
recorrendo a actividades de complemento educativo, como o teatro, ou a programas específicos, conduzidos por especialistas na SA. Os grupos não devem ser muito grandes para que beneficiem de um acompanhamento mais individualizado e uma interacção constante. Deverá ser elaborado um perfil de cada um dos membros do grupo, estabelecendo as áreas mais e menos fortes de cada um dos elementos. É importante que as situações sejam analisadas em pormenor, uma vez que só através da sua descrição é possível conhecer as percepções individuais dos acontecimentos, os sinais, os motivos e as opções =» não esquecer que as Pessoas com SA podem não entender completamente os nossos pensamentos e sentimentos em contexto social, o que também poderá acontecer com outros elementos do grupo.
Sugestão de actividades:
- Representar situações em que a pessoa sentiu dúvidas quanto à forma de agir ou de falar... ensaiando opções mais adequadas sugeridas pelos outros elementos do grupo;
- Demonstrar comportamentos sociais inadequados e pedir a cada um que identifique os erros e dê alternativas;
- Os registos de vídeo e as dramatizações são uma forma útil e divertida para
demonstrar o que NÃO deve ser feito, passando-os antes da demonstração dos comportamentos adequados.
–Estratégias sumárias de Treino Comportamental Social
·         Aprender a:
- começar, manter e terminar brincadeiras
- ser flexível, cooperativo e capaz de partilhar
- isolar-se sem ofender os outros
·         Explique o que a criança deveria ter feito
·         Encoraje um amigo a brincar com a criança em casa
·         Inscreva-a em clubes desportivos, grupo de escuteiros ou associações
·         Ensine-a a observar outras crianças para que tenha outro tipo de indicações
sobre “o que fazer” e “como fazer”
·         Encoraje-a a participar em jogos cooperativos e de competição
·         Modele o modo de relacionamento com os outros
·         Informe-a sobre formas alternativas de pedir ajuda
·         Encoraje potenciais amizades
·         Proporcione distracções nos intervalos
·         Tenha em atenção os sentimentos e emoções que não expressa
·         Procure que o seu filho tenha apoios educativos
·         Utilize os momentos do dia-a-dia para entender os sinais e a actuação
adequada a situações específicas
·         Crie grupos de competências sociais para adolescentes:
- para treinar opções mais adequadas
- para demonstrar o comportamento social inadequado
- para encorajar a auto-revelação e a empatia, através de leitura (poesia,
teatro) e jogos para aprendizagem da linguagem corporal
·         Projectos e actividades que evidenciem as qualidades de um bom amigo
·         Ajude a entender emoções:
- explore uma emoção de cada vez
- ensine a ler os sinais indicativos de diferentes níveis e emoções e como lhes
responder
- ensine frases que a criança pode e deve dizer quando se sente confusa. Ajude a expressar emoções:
- use um mediador como guia visual
- use gravações de vídeo e representações para obter formas de expressão
mais subtis ou precisas
- use perguntas ou um livro em forma de diário para encorajar a autorevelação.
Estratégias sumárias para o desenvolvimento da Linguagem
Pragmática:
·         Aprender
- meios apropriados de iniciar uma conversa
- a pedir esclarecimentos quando surgirem dúvidas
- a ter confiança para dizer que não sabe
·         Ensinar a reconhecer os sinais indicativos do momento de responder,
interromper ou mudar de assunto
·         Modelar comentários indicadores de empatia
·         Sussurrar ao ouvido da criança o que ela devia dizer ao interlocutor
·         Recorrer a actividades de oralidade e de dramatização
·         Recorrer a exercícios do tipo “momentos do dia-a-dia” e “conversas em
banda desenhada” para representação verbal dos diferentes níveis de
comunicação
Interpretação literal:
·         Pensar nas possíveis formas de evitar uma interpretação inadequada de um
comentário ou instrução
·         Explicar o significado de metáforas ou figuras de retórica
Prosódia:
·         Ensinar a regular a entoação, o ritmo, as pausas, a velocidade e o volume da
voz
Linguagem rebuscada:
·         Evitar abstracções e Vocabulário idiossincrático:
·         Aspecto genuinamente criativo da SA a ser encorajado
Verbalização de pensamentos:
·         Encorajar o sussurrar e o tentar “pensar no assunto sem falar em voz alta”
Discriminação e alteração auditiva:
·         Encorajar a criança a pedir a repetição, a simplificação, a passagem a escrito
ou a reformulação de instruções
·         Efectuar pausas entre instruções
Fluência verbal:
·         Ter em conta que a ansiedade pode inibir a oralidade e requer tratamento.
Estratégias sumárias para lidar com Interesses e Rotinas
Interesses especiais:
·         Facilitam o diálogo
·         Denotam inteligência
·         Ajudam a criar um sentimento de ordem e consistência
·         Tornam-se uma fonte de prazer e descontracção
Estratégias:
·         Proporcionar um acesso controlado, limitando o tempo de dedicação às
tarefas favoritas
·         Aplicar as rotinas de forma construtiva para:
- aumentar a motivação
- construir uma hipótese de projecto vocacional e de maior envolvimento
social
As Rotinas como forma de reduzir a imprevisibilidade
Estratégias:
·         Tentar estabelecer compromissos
·         Ensinar o conceito de tempo e criar horários de actividades
·         Reduzir o nível de ansiedade
Motricidade na SA – capacidades afectadas
·         Locomoção =» na marcha e na corrida as pessoas com SA têm movimentos desajeitados, parecidos com os de uma “marioneta” e nas crianças, muitas das vezes o movimento do corpo não é acompanhado pelo balançar de braços.
·         Jogos de bola =» a capacidade para apanhar e atirar a bola com precisão parece estar particularmente afectada. Uma das consequências da falta de habilidade da criança para os jogos de bola é a sua exclusão da maioria dos jogos colectivos por representar um “estorvo” para a equipa que integra.
·         Equilíbrio =» que poderá afectar a capacidade de usar certos equipamentos no recreio ou de fazer determinadas actividades na ginástica.
·         Destreza manual =» envolve a capacidade para usar as duas mãos, por ex. aprender a abotoar-se, a vestir-se, a atar os atacadores dos sapatos, ou a utilizar os talheres; pode ainda envolver a coordenação de pés e pernas, como o andar de bicicleta. Ensinar a colocar a “mão sobre a mão” é útil à criança.
·         Caligrafia =» é possível que os professores tenham de fazer um esforço para perceber algumas das “garatujas” indecifráveis da criança; esta, por sua vez, tem consciência da “qualidade” da sua caligrafia e poderá mostrar-se relutante em aceitar actividades que envolvam a escrita.
·         Alteração do ritmo dos movimentos =» o facto de parecerem impulsivas e incapazes de executar a tarefa de forma lenta e reflectida, resulta num maior número de erros e na irritabilidade de todos – criança, pais, professores.
·         Falta de firmeza nas articulações =» desconhece-se ainda se a falta de
firmeza a nível das articulações é um problema estrutural ou se se deve a uma
fraca tensão muscular.
Ritmo =» é-lhe extremamente difícil sincronizar os movimentos rítmicos
com os de outra pessoa durante o caminhar, ou num acompanhamento
musical.
·         Imitação de movimentos =» durante um diálogo existe a tendência para
imitar a postura, os gestos e os maneirismos do interlocutor. Ao que parece,
pessoas com SA reproduzem meticulosamente as posturas corporais da outra
pessoa, a ponto de a sua postura se tornar “artificial”.
Estratégias sumárias para melhorar a Coordenação Motora
Marcha e Corrida
·         Melhorar a coordenação motora dos membros superiores e inferiores
Jogar à bola
·         Melhorar as competências para agarrar e atirar, de modo a facilitar a inclusão
da criança nos jogos de equipa
Equilíbrio
·         Utilizar equipamento de recreio e de ginásio
Destreza manual
·         Modelar os movimentos da mão com a técnica “mão sobre a mão” i.e., os
pais ou professores pegam nas mãos ou membros da criança e conduzem-nos
através de determinados movimentos, retirando esse apoio de forma gradual
Caligrafia
·         Fazer exercícios de correcção
·         Aprender a usar o teclado
·         Rapidez de movimentos
·         Supervisionar e encorajar a diminuição do ritmo dos movimentos
Falta de firmeza/ imaturidade para manipular objectos
·         Programas de correcção com um Terapeuta OcupacionalAdaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica Página 12 de 13
·         Alterações motoras
·         Tiques, piscar de olhos, movimentos involuntários (Síndrome de Tourette)
·         Posturas invulgares, “congelamento” de movimentos, caminhar arrastado
(exame para diagn. de Catalepsia ou de características de Parkinson)
·         A pessoa deve ser submetida a exame médico especializado
Estratégias sumárias para a Cognição
Teoria Cognitiva
·         Aprender a compreender as perspectivas e pensamentos dos outros,
recorrendo à representação de cenários e instruções
·         Encorajá-la a parar e a pensar antes de agir ou falar, como a pessoa se irá sentir
Memória
·         Explorar a capacidade de memorização de informações factuais e triviais, com jogos e labirintos
Flexibilidade do Pensamento
·         Exercitar a pesquisa de estratégias e soluções alternativas
·         Aprender a pedir ajuda, recorrendo se necessário, a um código secreto
Leitura, ortografia e cálculo
·         Analisar se ela recorre a estratégias não convencionais de processamento de informação
·         Se a estratégia alternativa funcionar, há que aceitá-la e desenvolvê-la, em vez de tentar ensinar estratégias convencionais
·         Evitar as críticas e as manifestações depreciativas Imaginação
·         O mundo imaginário pode ser uma forma de escape e deleite
Pensamento visual
·         Encorajar a visualização, recorrendo a diagramas e a analogias visuais.Adaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica Página 13 de 13
Estratégias sumárias para a Sensibilidade Sensorial
Sensibilidade auditiva
·         Evitar determinados sons
·         Ouvir música poderá camuflar sons incomodativos
·         Treinar a integração auditiva
·         Reduzir ao mínimo os ruídos de fundo, em especial o de várias pessoas a falar em simultâneo
·         Considerar o uso de tampões ou auscultadores
Sensibilidade táctil
·         Comprar peças repetidas de vestuário que seja tolerado
·         Recorrer à Terapia de Integração Sensorial
·         Recorrer a massagens
Sensibilidade ao paladar
·         Evitar regimes alimentares ou privação de alimentos forçados
·         Dar a provar novos alimentos, em vez de exigir que sejam mastigados e
engolidos
·         Introduzir novos alimentos quando a criança está distraída ou descontraída
Sensibilidade visual
·         Evitar a luz intensa
·         Usar óculos de sol
Sensibilidade à dor
·         Procurar indicadores comportamentais de dor
·         Encorajá-la a dizer quando sente dor
·         Ter em atenção que a menor manifestação de incómodo pode indicar doença
·         Explicar-lhe porque é importante falar sobre a dor que esteja, eventualmente, a sentir.
Adaptado por Marta Silva – Psicóloga Clínica
Fonte: http://www.diferencas.net/objectos/sa_guiao.pdf