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terça-feira, 13 de novembro de 2012

EMOÇÕES VIVIDAS DURANTE E APÓS A GRAVIDEZ

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Achei esse trabalho de Iniciação Científica, que trata sobre as emoções das mães desde a gravidez, até a idade de 2 anos de seus filhos.
Entretanto a parte emocional, embora igualmente importante, fica relegada a segundo plano quando não totalmente esquecida e não estamos falando apenas do emocional do bebê, mas também dos responsáveis por ele.
Agora compreendendo melhor os conceitos da psicopedagogia e tudo o que envolve a aprendizagem, vejo com é fundamental e indispensável à parte emocional de uma mãe que está gerando.
Nós profissionais da saúde e educação, sabemos que as influências do meio, podem causar sérios danos para um bebê em desenvolvimento, seja pelo estresse, enfermidade, ou por qualquer outra situação que afeta o emocional da mãe.
Sendo assim compartilharei partes desse trabalho.
O ser humano desenvolve-se como um todo desde sua concepção, sentindo as angústias e os sentimentos positivos e negativos que todos à sua volta emanam, principalmente daquela que o carrega no ventre, sua mãe.
 O parto, geralmente um momento de alegria para os pais é, para o bebê, a primeira perda que se dá com muito sofrimento.
A partir do nascimento, junto ao desenvolvimento físico que se processa continuamente, ocorrem os desenvolvimentos emocional, psicológico, social e cognitivo, que numa evolução gradual e contínua, serão os responsáveis pela formação de um adulto sadio e feliz.
Na idade de 0 a 2 anos, não são apenas as necessidades orgânicas devem ser supridas. Com igual importância existem as necessidades psicológicas e emocionais que obedecem a fases que devem ser respeitadas e exercidas integralmente. Não sendo supridas essas necessidades, podem aparecer no futuro, problemas diversos, como: baixa autoestima, não aceitação, dificuldades de socialização e outros.
Essa grande carga de responsabilidade sobre as mães provoca nelas angústias quanto às suas funções, o que independe de sua idade, situação financeira, grau de instrução ou classe social.
Ao lado das múltiplas alterações físicas - temporárias e reversíveis-  que ocorrem durante a  gestação, a gestante sofre alterações psíquicas e emocionais decorrentes da ação de hormônios da gravidez. Nessa fase de intensa revolução íntima na mulher, estados de medo, ansiedade, angústia, depressão, irritabilidade, falta de tolerância e choro, gerados pela expectativa do parto e da evolução de um novo ser em seu ventre, podem ser “normais” e constantes.
     Quando isso acontece, o amparo e a compreensão dos familiares e acima de tudo do futuro pai, adquirem um papel muito importante, para evitar que esses problemas se acentuem.
     Outra percepção importante pode ocorrer neste momento em algumas mulheres, que é a transformação de seu papel de filha para o de mãe, o que pode gerar conflitos em algumas gestantes (Klotzel, 2002).
     Nessa fase, todo sentimento, positivo ou negativo, emanado pela mãe, ou transmitidos pelo pai ou familiares, podem atingir diretamente o novo ser, devido à sua íntima relação de trocas com todos os envolvidos em sua história, pois...” o início das crianças se dá quando elas são concebidas mentalmente. É um fato que se manifesta no brincar de muitas crianças, de qualquer idade, após os dois anos.” (Winnicott, 2002).
     Sabe-se hoje que bebês irrequietos, nervosos, é fruto de um período conturbado durante a gestação. (Camacho, 2002)
     É comprovado que o pequeno feto, já no início do 2º mês, recebe todas as informações emocionais (tristeza, medo, ansiedade) emanadas pela mãe diante das circunstâncias externas (brigas, perdas, problemas conjugais) e as registra em suas células.
Até mesmo a resistência que algumas mães apresentam à aceitação das transformações físicas e psíquicas, exigidas em seu novo papel, são transmitidas ao feto, que as recebe reagindo às mesmas até com manifestações faciais.
     A influência das emoções da mãe sobre o feto é tão importante que a ABREP-Associação Brasileira para o Estudo do Psiquismo Pré e Perinatal - foi criada em 1991, para congregar profissionais de áreas afins para promover a permuta de experiências e conhecimentos, além de divulgar informações referentes a este novo ramo do conhecimento.
     Isso vem confirmar que a gestação, essa fase tão difícil e assustadora na vida da mulher, deve ser bem acompanhada, os pais devem ser bem orientados, pois as marcas  registradas no feto durante esse período, vão ficar para sempre.
  Os aspectos emocionais na relação mãe/bebê são tão importantes que vários teóricos estudaram e escreveram sobre o tema.
 Relação mãe/ bebê, segundo Winnicot
 A origem dos indivíduos se dá quando eles são concebidos mentalmente e faz parte do material de que se constituem, os sonhos e muitas outras ocupações. A vida psicológica do indivíduo não tem início exatamente no momento em que ele nasce e segundo estudos em prematuros e pós-maduros, os psicanalistas concluem que o momento certo do nascimento é o momento do parto a termo, quando o bebê está preparado para abandonar o útero, passando por esse processo de maneira natural.
Relação mãe/bebê, segundo Piaget   
 Para Piaget, é incontestável que o afeto desempenha um papel essencial no funcionamento da inteligência. Sem afeto não haveria interesse, nem necessidade, nem motivação; e consequentemente, perguntas ou problemas nunca seriam colocados e não haveria inteligência. A afetividade é uma condição necessária na constituição da inteligência. (Piaget, 1962)
Ainda segundo ele, podemos considerar de duas maneiras diferentes as relações entre afetividade e inteligência. A verdadeira essência da inteligência é a formação progressiva das estruturas operacionais e pré-operacionais. Na relação entre inteligência e afeto, podemos postular que o afeto faz ou pode causar a formação de estruturas cognitivas.
As responsáveis por esta pesquisa entrevistaram 13 mulheres com idades de 17 a 40 anos e o estado civil dessas mães eram solteiras e casadas e classe social média. E do resultado dessa pesquisa obtiveram os seguintes dados:
Sobre os sentimentos que mais marcaram sua gravidez, 31% disseram sentir felicidade, emoção e alegria, 23%  se emocionaram  com os movimentos do feto e para 38%  das entrevistadas, os sentimentos foram de tristeza, decepção, medo e solidão.
Sobre a importância que a mãe tem na formação da criança, 69% disseram saber e 31% disseram saber pouco ou nada sobre isso.
Sobre os sentimentos das entrevistadas em relação à criança de 0 a 2 anos, 93% diz sentir amor, carinho, respeito e orgulho  e apenas 7% diz não sentir nada ou não querer sentir.
A conclusão deste trabalho, ressaltou a importância do vínculo afetivo que se estabelece entre mãe filho, antes mesmo do nascimento bem como os cuidados básicos e necessários para o desenvolvimento, seja através do aleitamento materno, ou como o simples fato de pegá-lo no colo, o que lhe transmitirá conforto e segurança.
Outro aspecto muito importante abordado pelas autoras, e que deve ser considerado, é a situação social, financeira e principalmente a emocional, da maioria das mães entrevistadas. Se a mãe tem que ter tranquilidade para cuidar do seu bebê, com o carinho e atenção que ele precisa nessa fase, como ficam os bebês cujas mães foram abandonadas pelo companheiro, ou que foram expulsas de casa por terem engravidado sendo solteiras, ou que não desejavam aquele filho por falta de condições até de espaço?
Percebemos que são vários os fatores que influenciam direta e indiretamente tanto sobre as futuras mães e seus bebês. Já abordei assuntos relacionados e semelhantes sobre a estrutura emocional, e de como esta é passada para o filho. Como já mencionei em outros textos, as causas para diversas questões existentes em nossas crianças, são reflexo dos acontecimentos vivenciados muito antes do nascimento pelas mães.

Fonte:
www.faat.com.br/site/.../04levantamentonecessidades.d...





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