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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Bullying

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Família
(Reflexão Pessoal)

A princípio pensei em falar da família no final do texto, mas após refletir, achei que merecia destaque, e que seria mais que apropriado iniciá-lo, ainda mais quando se trata de um tema como Bullying.
Começarei então, com uma pergunta fundamental e que talvez tenhamos nos esquecido de fazê-lá a nós mesmos.
O que é Família?
Não importa se a família é a tradicional, ou é monoparental, ou se segue qualquer outro modelo, o que importa mesmo é que saibamos educar conforme o que acreditamos e desejamos ser o melhor para nossos filhos e para todos da família. Com o passar do tempo os valores se perderam, o respeito e o amor principalmente, houve na verdade, a morte da família e com ela foram sepultado os princípios de moral e verdade.
Os dias atuais exigem que os protagonistas do lar, sejam quase que meros figurantes na peça teatral da vida, a qual chamamos Família.
Deixamos, para os jogos de vídeo-game e para o computador, a tarefa de lazer dos nossos filhos, e para escola a tarefa de educar, nos restando somente à tarefa de compensar essas “ausências” através de “presentes”, que achamos irão suprir toda necessidade deixada, levando a uma inversão de papéis.
Vejo a maioria da família, atuando como os três “Macacos Sábios” que, não fala, não vêem, e não ouve.
Talvez por ser mais fácil ou prático, resultando assim em um produto que será reflexo de nossas atitudes, pois é na família que os filhos desenvolverão sua pesornalidade.
Diante dos fatos abordados pelo tema do trabalho, podemos perceber o quão é fundamental a presença da família no que diz respeito à educação e formação do indivíduo como um todo.
Na luta diária, devemos sempre procurar resgatar o verdadeiro significado dessa abençoada instituição denominada Família, e que possamos reassumir com responsabilidade o dever que cabe somente a família, que a meu ver incluí três palavras sábias, educar, respeitar e amar, a si mesmo e ao próximo.

Nota: Os Três Macacos Sábios ilustram a porta do estábulo Sagrado, em um templo do século 17, localizado na cidade de Nikko, no Japão.
BULLYING

O bullying é um termo de origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizado para qualificar comportamentos agressivos seja no âmbito escolar ou não, praticado por meninos e por meninas. É um tipo de agressão tanto física quanto psicológica, e ocorre nas escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho, podendo ocorrer de forma intencional e repetitiva. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis, apenas com o intuito de diversão, prazer e poder, para maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas, deixando-a indefesa diante da agressão.
Sabemos que nos últimos tempos, se tornou frequente pela mídia abordar reportagens sobre bulliying e as consequências que se reflete na vida de quem é agredido, e todos aqueles que o cercam. Entre essas reportagens, podemos citar o ocorrido em uma escola Municipal de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2011, onde um jovem de apenas vinte poucos anos, sem motivo aparente ou que justificasse tal atrocidade, entrou nesta escola, fortemente armado e começou a disparar contra inocentes alunos que ali assistiam tranquilamente suas aulas. No total foi 11 vítimas, inclusive o autor do crime que se suicidou. Conforme investigações da polícia, e depoimentos de ex colegas de classe do criminoso, este antes de pôr em prática sua crueldade, deixou uma carta dizendo o “motivo” que o estava levando executar o crime. Na época em que era estudante nessa mesma escola, ele teria sido vítima de bullying e sofrido as agressões por colegas de sala.
Diante de tal acontecimento, isso nos faz pensarmos, o quão grave e devastador pode ser para quem é vítima desse mal.
Entre os problemas emocionais que podem surgir diante das agressões sofridas destacam-se: baixa-autoestima, depressão, angustia, fobia, medo, problemas comportamentais e psíquicos, como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros.
 O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio etc. E consequentemente o que poderá acabar resultando em uma dificuldade de aprendizagem ou como já foi dito, em um distúrbio psíquico mais grave, necessitando de intervenções por parte de psicólogos ou psiquiatras.
Com isso percebemos, que um dos motivos que podem levar um aluno ao fracasso escolar ou a não-aprendizagem é o bullying.
Sem perceber que o aluno está sendo vítima do bullying, o professor pode enquadrá-lo como aluno com dificuldade de aprendizagem e este se vê duas vezes, fracassado nas relações sociais e na aprendizagem. Por isso é fundamental que os pais e os profissionais da escola atentem especialmente para os seguintes sinais:
Em casa:
·         Frequentemente se queixam de dores de cabeça, enjôo, dor de estômago, tonturas, vômi­tos, perda de apetite, insônia. Todos esses sintomas tendem a ser mais intensos no período que antecede o horário de as vítimas entrarem na escola.
·         Mudanças frequentes e intensas de estado de humor, com explosões repentinas de irritação ou raiva.
·         Geralmente elas não têm amigos ou, quando têm são bem poucos
·         Existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar.
·         Passam a gastar mais dinheiro do que o habitual na cantina ou com a compra de objetos diversos com o intuito de presentear os outros.
·         Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas.
Diante destes aspectos, é muito importante que os professores e os pais estejam atentos aos sintomas e ao comportamento, e principalmente que tenham diálogo franco com a criança, com o jovem ou adolescente, que estão sob seus cuidados, por que muitos não relatam a violência sofrida por medo.

Na escola:
·         No recreio, encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las
·         Na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mos­tram-se comumente tristes, deprimidas ou aflitas
·         Nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas
·         Aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares
·         Casos mais dramáticos apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas ou rasgadas.

Bullying professor-aluno

O assédio escolar pode ser praticado de um professor para um aluno.
 As técnicas mais comuns são:
·         intimidar o aluno em voz alta rebaixando-o perante a classe e ofendendo sua autoestima. Uma forma mais cruel e severa é manipular a classe contra um único aluno o expondo a humilhação
·         assumir um critério mais rigoroso na correção de provas com o aluno e não com os demais. Alguns professores podem perseguir alunos com notas baixas
·         ameaçar o aluno de reprovação
·         negar ao aluno o direito de ir ao banheiro ou beber água, expondo-o a tortura psicológica
·         difamar o aluno no conselho de professores, aos coordenadores e acusá-lo de atos que não cometeu
·         tortura física, mais comum em crianças pequenas, puxões de orelha, tapas e cascudos
Tais atos violam o Estatuto da Criança e do Adolescente e podem ser denunciados em um Boletim de Ocorrência numa delegacia ou no Ministério Público. A revisão de provas pode ser requerida ao pedagogo ou coordenador e, em caso de recusa, por medida judicial.
“Em um estudo entre alunos autores de bullying, 51,8% afirmaram que não receberam nenhum tipo de orientação ou advertência por seus atos. Provavelmente porque 41,6% dos que admitiram ser alvos de bullying relatarem não ter solicitado ajuda aos colegas, professores ou família.”
Um caso extremo de assédio escolar no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de assédio escolar contínuo por três anos, o que incluía alcunhas(apelidos) jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados.
Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com 5.168 alunos de 25 escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries.
Entre todos os entrevistados, pelo menos 17% estão envolvidos com o problema - seja intimidando alguém, sendo intimidados ou os dois. A forma mais comum é a cibernética, a partir do envio de e-mails ofensivos e difamação em sites de relacionamento.
Alguns casos de assédio escolar entre crianças têm anuência dos próprios pais, como um envolvendo um garoto de 9 anos de Petrópolis. A mãe resolveu tirar satisfação com a criança que constantemente agredia seu filho na escola e na rua, mas o pai do outro garoto, em resposta, procurou a mãe do outro garoto chamado de "boiola" e "magrelo". Ela foi empurrada em uma galeria, atingida no rosto, jogada no chão e ainda teve uma costela fraturada(vamos refletir sobre o que é FAMÌLIA e quais os VALORES que queremos passar). O caso registrado em um vídeo foi veiculado na internet e ganhou os principais jornais e telejornais brasileiros(Lamentável).

No Brasil, a gravidade do ato pode levar os jovens infratores à aplicação de medidas sócio-educativas.De acordo com o código penal brasileiro, a negligência com um crime pode ser tida como uma coautoria.Na área cível, e os pais dos bullies podem, pois, ser obrigados a pagar indenizações e podem haver processos por danos morais.
Os atos de assédio escolar configuram atos ilícitos, não porque não estão autorizados pelo nosso ordenamento jurídico, mas por desrespeitarem princípios constitucionais (ex: dignidade da pessoa humana) e o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. A responsabilidade pela prática de atos de assédio escolar pode se enquadrar também no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de assédio escolar que ocorram nesse contexto.

Em anos recentes, muitas vítimas têm movido ações judiciais diretamente contra os agressores por "imposição intencional de sofrimento emocional" e incluindo suas escolas como acusadas, sob o princípio da responsabilidade conjunta. Vítimas norte-americanas e suas famílias têm outros recursos legais, tais como processar uma escola ou professor por falta de supervisão adequada, violação dos direitos civis, discriminação racial ou de gênero ou assédio moral.

Consideração Final

Fica evidente a importância da família na formação da personalidade e a participação diária na vida dos filhos.
Se somos o espelho ou servimos de exemplo para aqueles que dizemos que amamos e que é parte de nós, precisamos então, rever os nossos conceitos como pais e formadores de cidadãos, e resgatar os valores de família para não criarmos seres humanos que será o reflexo de nós mesmo, como citado neste texto o caso de Petrópolis.
Os praticantes desse mal chamado bullying são o resultado das vivências em seus lares. Precisamos estar atento aos nossos, nos preocupando com suas atitudes e principalmente abertos a diálogos francos e estar realmente presente.
Quanto às vítimas de bullying, sem exceção, levarão marcas profundas provenientes das agres­sões para a vida adulta, e necessitarão de apoio psiquiátrico e/ou psicológico para a supe­ração do problema. Que os pais e educadores estejam sempre atentos para os sinais, e que não tardem em pedir ajuda e auxílio necessário.
















1 comentários:

  • 26 de março de 2014 às 05:09
    Anônimo :

    Bulir - Dicionário Online de Português
    www.dicio.com.br/bulir/‎
    Significado de Bulir no Dicionário Online de Português. O que é bulir: v.t. Agitar, mover, tocar levemente; mexer. Fig. Bulir com, implicar com, caçoar de, mexer ...

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