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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A importância de desenvolver a psicomotricidade na infância

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Autoras: 
Camila Siara Ramos*/ 
Marcela de Melo Fernandes**


Introdução

    A Psicomotricidade no processo ensino-aprendizagem visa contribuir de forma pedagógica para o desenvolvimento integral da criança, tendo em vista o aspecto mental, psicológico, social, cultural e físico, no qual acredita-se que as atividades de psicomotricidade possam ser trabalhadas no contexto escolar de forma a auxiliar no processo de aprendizagem do aluno. Assim o objetivo deste artigo foi analisar a importância da psicomotricidade na infância e como esta poderia auxiliar na aprendizagem do aluno, esclarecendo que o aprender não se restringe apenas em atividades isoladas, precisando haver objetivos a serem alcançados pelos professores, para que a partir daí os alunos possam criar e se expressar, no ambiente escolar. A metodologia utilizada baseou-se na leitura e análise de livro e artigos científicos, subordinados ao tema “psicomotricidade”. A pesquisa foi feita em contexto de biblioteca, revisão de artigos e revisão de livros. A psicomotricidade, como ciência da educação busca entender os movimentos corporais tendo uma ligação com o desenvolvimento cognitivo. O objetivo psicomotor é a possibilidade do aluno desenvolver as ações do corpo e expressar-se por meio dela, para que o corpo se desenvolva. O sujeito vai se construindo através da troca de olhares, toques e carícias, primeiramente com os parentes (pais ou responsável), depois com outras pessoas (professores) ampliando as suas relações sociais (BARROS, FERREIRA, HEINSIUS, 2008). Partindo desse pressuposto, esse artigo propôs refletir sobre como a psicomotricidade se faz necessária na prática pedagógica da escola ajudando nos desenvolvimentos corporais, cognitivo e afetivo na infância.
Desenvolvimento
    Quando uma criança demonstra através de seu corpo que está alegre, feliz, demonstra querer ou buscar alguma coisa... Quando uma criança percorre a escola para chegar ao refeitório, tendo toda a noção do espaço que irá fazer... Quando na Educação Física ela dribla os adversários para fazer o gol, calculando a distância, a força e então chuta a bola... Quando uma criança na frente de um papel, e com lápis coloridos desenha seu corpo e todo um espaço a sua volta... Em todas essas situações e em qualquer outras que envolvam movimentos, pode-se falar em psicomotricidade. Segundo Goretti (2009) o termo psicomotricidade aparece, pela primeira vez, no discurso médico, no campo da Neurologia, quando, no século XIX houve uma preocupação em identificar e nomear as áreas específicas do córtex cerebral segundo as funções desempenhadas por cada uma delas. E foi no século XX que ela passou a desenvolver-se como uma prática independente e, aos poucos, transformar-se em ciência. A Psicomotricidade começou a ser praticada no momento em que o corpo deixou de ser visto apenas como um pedaço de carne, para ser algo indissociável do sujeito. A prática mais especificamente psicomotora começou em 1935, com Eduard Guilmain, que elaborou protocolos de exames para medir e diagnosticar transtornos psicomotores. Hoje para Almeida (2006) psicomotricidade é a ciência que estuda o homem através do seu corpo em movimento em relação com o mundo externo e interno, é a interação que o indivíduo tem de perceber, atuar e agir com o outro e com os objetos. Segundo Goretti (2009) psicomotricidade é um dos instrumentos mais poderosos para que o sujeito expressa seus conhecimentos, idéias sentimentos e emoções e se constitua como um sujeito.
    Para Fonseca (2009) psicomotricidade é uma prática que contribui para o pleno desenvolvimento da criança no ensino-aprendizagem, que favorece os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional que contribui para a formação da sua personalidade.
    Com base nesses três autores a psicomotricidade tem apenas um objetivo, fazer com que a criança se interage com os outros e com os objetos possibilitando assim o seu crescimento não só físico como cognitivo, afetivo e corporal. No qual a psicomotricidade deve ser trabalhada em casa e principalmente na escola. De acordo com Almeida (2006) para se trabalhar psicomotricidade no ambiente escolar não precisa haver recursos caros e nem tecnológicos, basta somente a escola ter uma junção de fatores, tais como concepção, comportamento, compromisso, materiais e espaços. Almeida (2006) descreve cada um a seguir:
a.     Concepção: o trabalho necessita ser planejado, pensado e reavaliado todos os dias, precisa haver uma meta que se pretende alcançar, o professor saberá o que foi alcançado e o que pode fazer para melhorar mais o desempenho dos alunos, ele não deve somente ficar usando técnicas sem ao menos saber o que se pretende fazer com ela, pois assim ficará frustrado por não ter objetivos concluídos.
b.     Comportamento: o comportamento do professor que se trabalha psicomotricidade é aquele que deve estar atento a todas as ações executada pelos alunos, intervindo nas atividades com objetivos psicomotores. Quando os alunos estiverem realizando atividades, eles precisam ter relações com os outros, que permitirá a socialização e a humanização, para isso o professor deve fazer o papel de um observador e não de um professor autoritário que repreende a todo momento nas relações aluno/aluno, o professor irá repreender quando houver necessidade. Almeida (2006, p. 21), coloca que “o comportamento é o combustível que move as relações diárias de um professor que quer construir coletividade na multiplicidade dos seres com as diferenças de cada um”.
c.     Compromisso: quando o professor planeja suas aulas ele não terá seu tempo desperdiçado, mas sim terá um aproveitamento do trabalho alcançado, pois não havendo planejamento o professor fica perdido, surgindo assim o descompromisso.
d.     Materiais: por si só não modifica nada em um ambiente, precisa haver intervenções do professor.
e.     Espaços: são constituídos de uma estrutura física; salas, quadras, pátios, refeitório e outros. Se os espaços não exercem nenhuma ação, movimento sempre será um espaço vago. Há vários ambientes que pode se dizer que é um espaço educativo, mas para isso o professor deve usar todos os recursos, materiais ali presentes.
    Para Almeida (2006, p. 23), “um supermercado pode ser um excelente ambiente educativo caso o professor saiba explorar toda riqueza existente ali”. Assim para a psicomotricidade ser desenvolvida, precisa de ambientes o qual dará a oportunidade da criança explorar e construir referências sobre si mesma e sobre o que a rodeia, é neste ambiente que a criança vai viver uma variedade de faz-de-conta. Terá oportunidades ainda de testar, errar e concluir, tirando assim suas próprias conclusões, porque neste momento ela está construindo seu conhecimento. Lembrando que ambientes não são apenas espaços que existem materiais, mas sim espaços composto por: recursos, ações, pessoas, relações sociais e exploração coletiva, e nestes ambientes a psicomotricidade poderá ser desenvolvida de forma a melhorar todas as capacidades infantis.
    Barros, Ferreira, Heinsius (2008) colocam que o termo psicomotricidade para alguns professores está ligado somente a coordenação global, o equilíbrio, a lateralidade, a coordenação motora fina e outros aspectos funcionais englobando como parte psicomotora, sem nenhum objetivo a ser alcançado, dando apenas como métodos abstratos. Portanto a psicomotricidade tem um papel muito importante na prevenção da educação infantil, contemplando o desenvolvimento, partindo do movimento do corpo e envolvendo a fase não-verbal da criança, possibilitando a construção do psiquismo, interagindo com tudo e com todos que a rodeia. Hoje na educação infantil acontece uma queima de etapas, onde os professores esquecem- se do lado emocional, e do lado do brincar, ocasionando problemas emocionais e motores, que mais tarde irão aparecer no comportamento do indivíduo. Os professores precisam enxergar a criança em três dimensões, a corporal, a afetiva e a cognitiva, proporcionando um desenvolvimento evolutivo. Para o ensino da alfabetização os professores ainda tem aquela antiga concepção que para se ensinar como se faz a letra “E” é ditando “vai lá em cima faz uma voltinha e desce” tendo essa escrita como base se faz necessário a psicomotricidade, pois os movimentos e a alfabetização caminham de mão juntas, por isso em vez de os professores ficarem ditando como se faz as letras, é melhor que levem os alunos para o pátio para que as crianças passem por cima dos traçados no chão, ou até mesmo construíam letras com massinhas de modelar, pois os exercícios que são manipulados com toques pelo próprio corpo, facilitam a percepção das formas. São muitas formas de se trabalhar a psicomotricidade para que ela se torne importante no método de alfabetizar, e ajude a prevenir problemas maiores. Xavier (2004 apud Oliveira, 1997, p. 36) afirma que:
    A psicomotricidade se propõe a permitir ao homem sentir-se bem na sua pele permitir que se assuma com realidade corporal, possilitando a livre expressão de ser. Não se pretende aqui considerá-la como uma panacéia que vá resolver todos os problemas encontrados em sala de aula. Ela é apenas um meio para auxiliar a criança superar suas dificuldades e prevenir possíveis inadaptações.
    Segundo as concepções Walonianas (1995 apud Barros, Ferreira, Heinsius, 2008) tudo o que foi vivenciado pela criança anteriormente irá refletir nas experiências futuras, modificando e transformando em representatividades.
    Para que a psicomotricidade seja eficaz na Pratica Escolar e possa contribuir para ao processo de aprendizagem é preciso que o professor acredite no potencial das crianças, respeitando sua individualidade, sabendo que as dificuldades, obstáculos e as insatisfações fazem parte da caminhada escolar, por isso deve oferecer atividades e oportunidades para que a criança comunique, crie e se expresse emocionalmente e fisicamente, para o crescimento pessoal e construção da sua autonomia, despertando assim o desejo de descobrir e aprender por meio da interação com o mundo. Para Barros, Ferreira, Heinsius (2008) a aprendizagem é então entendida como um percurso que a criança deseja percorrer para buscar uma auto-realização.
    Para que a auto-realização seja então alcançada pela criança o professor deve ser o mediador da aprendizagem, possibilitando que a criança construa seu caminho e se encontre nele, ter clareza e objetivos nas suas atividades e nas regras estabelecidas, e respeitar a democratização do grupo amenizando os conflitos gerados, ponderando suas propostas de acordo com cada faixa etária favorecendo o avanço da aprendizagem cognitiva. Um dos objetivos das aulas de psicomotricidade é estimular o desenvolvimento psicomotor das crianças, por meio de jogos, brincadeiras e atividades que as crianças vivenciem com grande prazer, favorecendo a ligação do real e o imaginário. Segundo Almeida (2006) existem várias atividades que poderão contribuir no desenvolvimento da criança dentre elas estão:
A.    Coordenação motora ampla. É a organização geral do ritmo, ao desenvolvimento e as percepções gerais da criança. É o trabalho que vai apurar os movimentos dos membros inferiores e superiores, podendo desenvolver algumas atividades como: fazer imagens do corpo em tamanho natural; fazer pinturas no corpo com o pincel; entrar em caixa de papelão grande, pequena e média; jogar bexigas para o alto sem deixar cair no chão; brincadeiras de morto- vivo, estátua, esconde-esconde, passar anel, pular corda e outras.
B.    Coordenação motora fina. É a coordenação dos trabalhos mais finos, que podem ser executados com a ajuda das mãos e dos dedos, garantindo um bom traçado de letra. No qual o professor poderá desenvolver: recorte de tiras de papel na revista com o dedo; desenhos e pinturas com tinta ou giz de cera em vidros; fazer bolinhas com papel crepon, jornal; dobraduras; brincadeiras de amarelinha, futebol de botão, corrida de ovo na colher, amarrar e desamarrar, tampar e destampar garrafa pet e outras.
C.    Lateralidade. É a capacidade que a criança tem de olhar em todas as direções com idéia de espaço e mínima coordenação, que aos poucos vão descobrindo que seu próprio corpo pode realizar mais de um movimento ao mesmo tempo em lados diferentes. Neste processo o professor ajuda a criança a desenvolver a lateralidade em todas as partes do corpo e quanto ao ato de escrever o professor deve deixar a criança livre sem ao menos estabelecer um meta que mão ela deverá escrever, isso é uma escolha própria da criança, que a favorece na decisão do que é melhor e de sua melhor habilidade. O professor poderá desenvolver: comandos para a criança seguir para ambos os lados; caça ao tesouro com seguimentos de setas; faça bolas de papel e peçam que joguem primeiramente com a mão esquerda e depois com a direita; corridas com materiais para serem equilibrados com a mão esquerda e direita; brincadeiras de basquete, tiro ao alvo e outras. “Quanto mais forte for a referência e o treino, mais desenvolvidas serão as diferentes partes que compõem o todo. No entanto, deve-se trabalhar com muita calma para respeitar o tempo das crianças” (ALMEIDA, 2006, p. 61).
D.    Desenvolvimento de percepção musical. Refere-se ao desenvolvimento de talentos, que é um trabalho voltado para estimular as questões que abrangem a musicalização, desenvolvendo a aprimoração da audição para o reconhecimento e a prática da fala. Sendo assim a música será mais um ponto o qual contribui para o desenvolvimento da criança, trabalhando vários tipos de sons e músicas: músicas folclóricas; sons da natureza (vento, chuva, trovão, raio e mar); sons do próprio corpo (rir, chorar, espirros, tossir, bater os pés, bater as mãos e outros). Outra maneira prazerosa de trabalhar a música é a construção de bandinhas com sucatas; chocalhos (com garrafas pet, lata de leite em pó); pratos e bumbos (com tampas de lata de tinta); tambores (com embalagens de papelão);
E.    Desenvolvimento de percepção olfativa. É a percepção que ajuda a criança no reconhecimento do mundo dos perfumes e sabores: recolher plantas diversas, amassá-las e sentir o cheiro depois de algum tempo; diferenciar os cheiros do cotidiano como: pó de café, perfumes, produto de limpeza e outros; sentir o cheiro que exala da natureza.
F.    Desenvolvimento de percepção gustativa. Auxilia no reconhecimento dos sabores reais, descobrindo que cada alimento tem textura, sabor, consistência e características diferentes. Para esse reconhecimento utiliza- se os seguintes experimentos: provar alimentos exóticos (estrangeiros); provar alimentos que antes nunca havia comido por dizer que não gostava; degustar alguns alimentos de olhos fechados; diferenciar entre o doce do salgado, o azedo, o amargo, o quente do frio, o picante do condimentado.
G.    Desenvolvimento de percepção espacial. O espaço é muito mais que paredes, portas, janelas, ruas, casas, entradas e saídas, é saber ter direções para onde ir. Por isso o espaço é um grande desafio na infância, e na vida adulta pois precisa de um pleno domínio de direção. A escola precisa de proporcionar a criança essas noções de direção como ir na cozinha, ir ao banheiro, entrar e sair de ginásio, de salas administrativas, nunca será possível conseguir todo o desenvolvimento das noções espaciais trabalhando apenas com papel ou atividade em quadra. É necessário pensar e aceitar que é no espaço social, o desenvolvimento mais fértil e mais consistente em relação a esta idade. Assim fazer passeios com as crianças pela cidade, shopping, passear de ônibus se faz necessário na prática do professor, por mais que seja desafiador para ele, é necessário para o desenvolvimento intelectual das crianças, para a realização de algumas atividades que descreve: encontrar palavras em caça-palavras; encontrar saídas em labirintos em papel impresso; encontrar ruas em um mapa. Algumas brincadeiras como: corrida de ovo na colher; pular corda; cabra- cega; amarelinha; tiro ao alvo; estafetas com arcos.
H.    Desenvolvimento de percepção temporal. É uma tarefa árdua como diz Almeida (2006, p. 93):
    A noção de tempo, por exemplo, é bastante complicada para que uma criança assimile. Quantos pais quase enlouquecem quando percebem que seus filhos não lhes obedecem. Chamar ou avisar uma criança que está no quarto brincando pode dar conta que estamos falando: a mãe grita da cozinha para a criança que está no quarto (Filha, em 10 minutos sairemos para a escolinha. Arrume suas coisas e pegue sua mochila).
    Deve-se levar em conta que a única noção de tempo que a criança tem é de desenvolver os hábitos cotidianos como: dormir, acordar, tomar banho, almoçar, jantar, ir à escola e outras atividades mesmo assim ela ainda não sabe a hora que tem que realizar essas atividades, por isso quando a mãe diz falta 10 minutos para ir a aula, amanhã viajaremos, essa assimilação ainda não e feita pela criança, por isso pais educadores devem ser bastante tolerantes nesta tarefa de tempo para a criança, desenvolver algumas atividades poderão ajudar, como: usar o calendário para marcar as atividades escolares por mês; relembrar o que aconteceu no dia anterior; contar e recontar histórias e fazer perguntas sobre os acontecimentos; pedir que coloquem em seqüência a história.
I.      Desenvolvimento da percepção corporal. O desenvolvimento do corpo e a percepção dele se faz diferente em cada um embora sejamos muito semelhantes. Cada corpo irá se desenvolver uma ou várias características que lhe serão particulares. O prazer, a dor, a sensação e a percepção sempre irão acontecer com todos, no entanto, a intensidade de cada um destes aspectos irá depender de questões orgânicas, sociais e muitas das vezes emocionais pelas quais todos nós constituímos. Entretanto o professor deve oferecer atividades para que a criança faça suas próprias descobertas e tome consciência de seu próprio corpo, levando em consideração que cada criança desenvolve num determinado tempo e de forma diferenciada. Algumas atividades lúdicas e brincadeiras que ajuda o desenvolvimento da percepção corporal: dobraduras; modelagem em gesso; mímica; danças; morto- vivo; banho de jornal; brincadeiras na frente do espelho.
J.     Seriação e classificação. Possibilita o reconhecimento de todos os materiais, texturas, as formas e os conceitos que envolvem o espaço onde a criança está inserida, as atividades que desenvolvem esta habilidade são: manipular diversos objetos feitos de materiais como: plástico, isopor, ferro, madeira, vidro, acrílico, algodão; separar os materiais de acordo com características definidas; observar diversos materiais no fogo. Com as atividades/brincadeiras a criança terá oportunidade de vivenciar ações motoras de todos os níveis e estar estimulando sua psicomotricidade através do movimento do corporal. Toda a educação psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do indivíduo, partindo do simples para o complexo. Além de proporcionar estímulos que devem ser harmônicos e integrados na sua seqüência. Ressalta-se que todas as atividades descritas devem estar relacionados diretamente com objetivo que o professor pretende alcançar, a faixa etária, nível de desenvolvimento e espaço físico específico e não somente como atividades isoladas, cabendo ao professor, conhecer bem os seus alunos, lhes proporcionar atividades que possibilitem o melhor desempenho psicomotor, lembrando que cada criança aprende de seu jeito e no seu tempo, no qual o professor deverá primeiramente respeitar o tempo e o limite de seus alunos.
Conclusão
    Conclui-se com este trabalho que os professores devem estar realmente compromissados com as crianças, no qual é a fase mais importante para o desenvolvimento e construção do sujeito. A psicomotricidade vem fazendo um diferencial nesta etapa quando realizada com objetivos claros e concretos.
    Nas atividades psicomotoras os alunos revelam as mais diferentes emoções, tendo a oportunidade de criar, expressar se por meio das brincadeiras, conhecer a si mesma e as diferentes funções que o corpo realiza, conhecer o outro, e o espaço.
    Conclui-se também que a psicomotricidade quando envolvida com aprendizagem, traz resultados positivos, pois são através das atividades de movimentos que a criança terá a oportunidade de desenvolver cognitivamente, pois com um simples traçado de uma letra no chão, quando a criança passe por cima, ela estará assimilando este movimento, e também com um simples modelar de uma massinha, irá oportunizando a criança a movimentar seus punhos que muita das vezes não se locomovem adequadamente, o que possibilitará a escrita da criança quando entrar na fase de alfabetização. O corpo é o veículo para a ação, para o conhecimento e para socialização. As experiências corporais modificam o intelecto, a vida afetiva e as ações motoras dos indivíduos. O corpo deve ser visto como um todo, pois nele estão todas as tensões e emoções que caracterizam a evolução psicoafetiva de um sujeito. Toda a educação psicomotora deve ser realizada levando-se em conta as necessidades reais do indivíduo, partindo do simples para o complexo. Sem dúvida uma criança que não conhece a si mesmo e suas potencialidades não conseguirá também relacionar com si mesmo e com os outros, vivendo em mundo isolado e distante, assim cabe a escola e a família estimular o movimento através de brincadeiras e jogos, proporcionado assim uma vivencia corporal ampla capaz de desenvolver capacidades física, afetivas e motoras. 
FonteEFDeportes.com, Revista Digital · Año 15 · N° 153 | Buenos Aires, Febrero de 2011

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